Mostrando postagens com marcador bem-estar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bem-estar. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 5 de abril de 2011

Poder Sobre Você

Olá meus queridos leitores, amigos e amigas, alunas!


      Hoje quero falar sobre algo que me perturbou assim que comecei a divulgar minhas aulas de Dança do Ventre em Itaboraí, mas que eu creio ainda causa divergências.
      Nós sabemos o quanto nossa modalidade ainda tem problemas para ser entendida da maneira certa e isso ocorre desde os primórdios, quando a dança do oriente foi se expandindo para a Europa e mais a frente, para a América. Os homens cresciam os olhos e as mulheres se envergonhavam ao ver um ventre dançando tão livremente, sem pedir permissão a ninguém. "Que audácia!", diriam.  
      Duas semanas atrás fiz uma apresentação para um público totalmente leigo. Foi engraçado ver que quando eu fiz o tremido algumas pessoas começaram a rir e foi estranho ver também uma mulher na frente que quando parei meu olhar nela, a mesma desviou o olhar pro chão...Fazer o que, né? Paciência.
     O vídeo abaixo mostra algumas das reações que a bailarina de Dança do Ventre presencia. Muito interessante(vídeo com Tahia Carioca):

           Claro, não podemos generalizar, pois sempre existiram aqueles que admiraram a beleza da "Raqs Sharqui" sem influência de orientalismo e principalmente mulheres que desejavam aprender a dançar daquela forma, com alegria e liberdade. Mas apesar dos avanços que a sociedade teve, muito daquela mentalidade opressiva, do tipo "Uma mulher não deve se 'expor' de tal modo", ficou marcada na memória coletiva dos homens e mulheres que vivem hoje.Vou dar exemplos que aconteceram comigo.
      Primeira apresentação no Teatro Municipal de Itaboraí: a mãe ajudava sua filhinha a se arrumar para a apresentação de balé. Ela me olha e fala: "Adorei sua dança! Acho linda a dança do ventre. Mas não posso não. Meu marido diz que tô muito velha pra isso." Eu respondi, em tom bem humorado, dizendo que isso era ciúme dele, pois ela era bonita (realmente era e ainda é). Demorou 6 meses para que ela tomasse a iniciativa de fazer uma aula, mas ai ela não pode, devido a problemas na coluna.
      Outro exemplo que foi o maior fator de falta de motivação ou desistência das potenciais alunas que eu poderia ter tido. Ouvi muito isso: "É tão linda a dança do ventre. Eu faria, mas meu marido não pode saber!"; "Eu estou na aula, mas meu noivo nem sabe. Se souber não vai gostar, ele acha errada."; " Sabe o que meu pai disse? Que eu não preciso dessa dança pra conseguir um homem bom.". Essa eu fiquei sabendo por terceiros: Eu-"Cadê aquela moça que adorou?Sumiu...", resposta-"Menina, nem te conto. Ela tava aqui com o namorado e falou da dança do ventre pra ele. Sabe o que ele disse?'Você não precisa disso pra me agradar, isso ai é pra outras pessoas', na frente de todos".
                                          1                         2                         3
                                          4                         5                         6
1. A que não se convenceu
2. O ultraconservador
3."Uhm, a barriga dela treme, tem que ser gorda pra fazer dança do ventre"
4. A que se sentiu constrangida
5. O encantado com a dança e simpatia da bailarina (adoramos essa)
6. A que não fez dança do ventre por que o namorado não gostava, o marido não permitiu e o(a) filho(a) acha ridículo.


      Mas afinal de contas? Quem são essas mulheres? Porque se submeteram a isso? Cadê a independência, o poder feminino? Preferem deixar de fazer algo que melhorará muitos aspectos da vida delas! Quem manda em você mulher? Seu marido? Seu namorado? Seu filho? Pense o seguinte: só VOCÊ pode fazer algo por si mesma.




Parabéns a todas as minhas alunas e para todas as mulheres que praticam DANÇA DO VENTRE e os que não praticam mas respeitam e procuram se informar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vamos Esclarecer uma Coisa Sobre Gordas x Magras!


    
   Um dos maiores mitos relacionados a Dança do Ventre é a velha questão de qual o BIOTIPO PERFEITO para essa modalidade. Devo dizer também que é um dos mais irritantes, pois é o que mais gera perguntas por parte dos leigos ou das alunas iniciantes.
          Minhas queridas, o que eu digo sempre é o seguinte: Você gosta de dançar? Ama a si própria? Ama dança? Está disposta a aprender sobre algo que é diferente e interessante? Reparem que eu não perguntei qual a sua altura, seu peso e nem quanto calça. Está tudo relacionado ao seu ESTADO DE ESPÍRITO. A nossa dança, pelo menos no meu entendimento, leva muito mais em conta a sua carga emocional do que a sua barriga sobressalente. Não é necessário emagrecer ou engordar para começar a praticar esse exercício. 
          A bailarina de dança do ventre que saiba utilizar as técnicas aprendidas em aula, simpática e desinibida, que deseja mostrar ao público como se sente, será mil vezes mais ENCANTADORA do que aquela que quer dançar logo pois acha que já sabe tudo, que não mostra sua personalidade na dança, que não cativa os que estão assistindo. Isso independente dela ser gorda ou magra.
          O que acontece depois que a pessoa inicia na arte da Dança do Ventre é outra coisa. A visão que a bailarina tem sobre seu corpo e sobre sua persona pode mudar e muito ao se ver dançando. É a partir daí que alguém começa a considerar se a barriga está muito mole, se o abdômen rígido não deixa fazer os movimentos sinuosos com facilidade, se a bunda está muito grande, se o peito é pequeno etc etc etc.
           Todas as pessoas que estão lendo este texto já viram vídeos de lindas bailarinas brasileiras ou não. Elas tem um esteriótipo: cabelos longos, abdômen e ventre modelados, braços e pernas levemente torneados, cintura fina e quadril largo. São lindas! As dançarinas dessa modalidade são bem conhecidas por esses aspectos físicos. E qualquer mulher que queira, pode chegar a esse ponto. Ou ao ponto em que (se) achar melhor.
          
           Então, minhas caras, pensem um pouco nisso. Nem todas nós entramos nas aulas com o "corpo perfeito", mas de acordo com nosso estado de espírito e senso de autocrítica desenvolvido ao longo do curso, vamos acabar chegando no nosso BIOTIPO PERFEITO.






E Solta o Quadril!!!
  
Autoria de: Ana Paula Mesquita

Flickr

Search box

About Author

Footer