segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dança com Véus

      

          Precisamos fazer a distinção entre a história antiga da dança com os véus e a história contemporânea. Pensemos sobre os últimos 100 anos. Ambas são importantes mas não parecem correlacionadas. Não há menção sobre qualquer dança com véus depois dos períodos Grego e Romano no norte da África. A utilização dos véus parece ter vindo novamente a tona apenas no final do século XIX.

          É difícil pesquisar esse assunto, pois mulheres dançando com véus é um tema muito popular. Esse tema já foi explorado, usufruído e pesquisado por oportunistas e artistas desde a antiguidade até o presente. Dançar com véus tem invocado alternadamente a imagem da modéstia genuína assim como o erotismo acentuado pela nudez. As antigas divindades ascendiam aos céus, desciam até o mundo subterrâneo e por vezes voavam. Esse           movimento é descrito na arte por véus flutuantes e algumas divindades também dançavam.
           O maior obstáculo para nosso entendimento da história na dança com os véus vem das versões distorcidas da dança, apresentação inapropriada das dançarinas e informações imperfeitas fornecidas por historiadores. Um exemplo excelente disso foi a dançarina Zourna; seu pai era um árabe tunisiano e a mãe francesa. Ela passou a sua infância na Tunísia, onde aprendeu a dançar. Quando seu marido morreu e sua família perdeu todo o dinheiro, ela se transformou em bailarina profissional para sobreviver. Ela estudou ballet e coreografou peças de “fusão”, misturando dança tunisiana com ballet. Ela recebeu o merecido título de “autêntica”, pois o que ela apresentava dificilmente poderia ser classificado como oriental. Ela ficou famosa, e muitas de suas “interpretações” criaram mitos acerca da Dança Oriental.
           

Continua...


Texto traduzido do manuscrito The Illusive Veil, de Elizabeth Artemis Mourat.
Fonte: <www.lulusabongi.com.br>

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vamos Esclarecer uma Coisa Sobre Gordas x Magras!


    
   Um dos maiores mitos relacionados a Dança do Ventre é a velha questão de qual o BIOTIPO PERFEITO para essa modalidade. Devo dizer também que é um dos mais irritantes, pois é o que mais gera perguntas por parte dos leigos ou das alunas iniciantes.
          Minhas queridas, o que eu digo sempre é o seguinte: Você gosta de dançar? Ama a si própria? Ama dança? Está disposta a aprender sobre algo que é diferente e interessante? Reparem que eu não perguntei qual a sua altura, seu peso e nem quanto calça. Está tudo relacionado ao seu ESTADO DE ESPÍRITO. A nossa dança, pelo menos no meu entendimento, leva muito mais em conta a sua carga emocional do que a sua barriga sobressalente. Não é necessário emagrecer ou engordar para começar a praticar esse exercício. 
          A bailarina de dança do ventre que saiba utilizar as técnicas aprendidas em aula, simpática e desinibida, que deseja mostrar ao público como se sente, será mil vezes mais ENCANTADORA do que aquela que quer dançar logo pois acha que já sabe tudo, que não mostra sua personalidade na dança, que não cativa os que estão assistindo. Isso independente dela ser gorda ou magra.
          O que acontece depois que a pessoa inicia na arte da Dança do Ventre é outra coisa. A visão que a bailarina tem sobre seu corpo e sobre sua persona pode mudar e muito ao se ver dançando. É a partir daí que alguém começa a considerar se a barriga está muito mole, se o abdômen rígido não deixa fazer os movimentos sinuosos com facilidade, se a bunda está muito grande, se o peito é pequeno etc etc etc.
           Todas as pessoas que estão lendo este texto já viram vídeos de lindas bailarinas brasileiras ou não. Elas tem um esteriótipo: cabelos longos, abdômen e ventre modelados, braços e pernas levemente torneados, cintura fina e quadril largo. São lindas! As dançarinas dessa modalidade são bem conhecidas por esses aspectos físicos. E qualquer mulher que queira, pode chegar a esse ponto. Ou ao ponto em que (se) achar melhor.
          
           Então, minhas caras, pensem um pouco nisso. Nem todas nós entramos nas aulas com o "corpo perfeito", mas de acordo com nosso estado de espírito e senso de autocrítica desenvolvido ao longo do curso, vamos acabar chegando no nosso BIOTIPO PERFEITO.






E Solta o Quadril!!!
  
Autoria de: Ana Paula Mesquita

domingo, 9 de janeiro de 2011

Evento de Dança em Itaboraí - Era Uma Vez...no Studio

Olá todo mundo!!!



Fim de semana que vem, dias 15 e 16 de janeiro, haverá o espetáculo de dança do Studio de dança Patrícia Araújo  "Era uma vez...no Studio".
Contará com apresentações de DANÇA DO VENTRE, ballet, jazz, hip hop, dança de salão e uma pitada de teatralidade em cada uma dessas modalidades.

"Era uma vez...no Studio" reviverá a emoção e alegria dos desenhos animados mais famosos, como as histórias mais divertidas da Disney e outros!

Quem adivinha qual será minha personagem???

Local: Vera Gol Club, Itaboraí
Valores e Horários: entrar em contato deixando recado no orkut ou comentário aqui no blog.

Bjus e boa diversão!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Primeira chamada de 2011!!!!

Gente, para tudo! Finalmente consegui fazer o danado do blog!rs...ui...cansei.
Quero iniciar essa postagem agradeçendo a Deus pela força, proteção e luz! Sem Ele não dá pra seguir!

Eu realmente quero e desejo que nesse ano de 2011 as mulheres de Itaboraí e Rio Bonito descubram a Dança do Ventre e todos os benefícios que ganharão praticando essa arte. Sei que muitas tem vergonha do corpo ou simplesmente vergonha de se ver dançando, outras o marido não gosta, outras - pior ainda - o namorado é quem não deixa. Várias trabalham e tem que cuidar da casa.
Mas pensem em ter um momentinho para vocês. Duas horinhas semanais! Serão duas horas de aprendizado, autodescobrimento, exercício prazeroso, de alimentar a AUTO-ESTIMA, de esquecer um pouco seus problemas domésticos ou profissionais. Nessas aulas você não tem que agradar ninguém, a não ser a si mesma. Venha praticar um pouco de bom humor, dar risadas e fazer novas e boas amizades. Além de queimar muitas calorias!

Para quem não sabe eu, Ana Paula Mesquita, dou aula em três locais diferentes em Itaboraí. Por enquanto não vou dizer aqui, só se muita gente começar a perguntar, mas como a cidade é bem pequena é provável que você descubra rapidinho!

Venha fazer parte de um grupo de mulheres que tem amor próprio!

Se você possui dúvidas sobre a dança, qualquer que seja a origem da sua questão, não deixe de perguntar. Faça comentários também.
=D


E SOLTA O QUADRIL MULHER!!!

SOBRE A DANÇA



O que é Dança do Ventre    
“A dança do ventre é uma expressão poética do corpo cheia de gestos e significados. É uma celebração a feminilidade, desenvolvida por mulheres e para mulheres.”
(Rhamza Alli)

       O que se conhece por dança do ventre hoje em dia, no mundo ocidental, é a dança árabe (Oriente Médio e Norte da África) miscigenada com e influenciada por várias outras culturas, compilada em seus movimentos mais populares, adicionada de um breve ocidentalismo (véus, meia-ponta), muito bem vestida com lantejoulas e franjas e transformada em espetáculo.
       A história da dança do ventre é tão antiga quanto a história do homem, ou melhor, da mulher. É a primeira dança feminina de que se tem registro. Enquanto as outras danças eram executadas pelos homens e claramente ligadas à sobrevivência (chuva, caça, etc), desenhos em cavernas de mulheres dançando, mostram-nas com ventre em evidência. Os movimentos de contração, ondulação e vibração foram desenvolvidos pelas mulheres e para as mulheres em função de aliviar dores menstruais e preparar os músculos para a sustentação da gestação e o trabalho de parto, também como um culto à Grande Deusa (natureza) em prol da fertilidade - do ventre e da terra.
       Do norte da Índia, originam-se os ciganos que, como nômades, espalharam-se pelo mundo levando consigo sua cultura e modo de vida. Avançaram cada vez mais em direção ao ocidente, passando pela Pérsia, Mesopotâmia, Turquia, Norte da África, chegando ao sul da Europa. Usavam seus dotes artísticos como forma de sobrevivência, cantando e dançando em feiras; sua cultura e estilo iam se misturando e aos costumes locais e novas manifestações, resultado dessas miscigenações, foram surgindo.
       A dança que chegou ao conhecimento ocidental foi através do contato com povos como os Gawazee - ciganos provenientes do norte da Índia - que se instalaram no Cairo e os Ouled Nail que habitam a Argélia.
       Os Gawazee mantiveram-se a parte da sociedade e preservaram suas tradições e história de forma oral através de uma língua própria e única. Sua dança, viva até hoje, é caracterizada por contínua vibração dos quadris.
       Os Ouled Nail se mantiveram confinados em suas tribos. As mulheres saiam delas apenas para dançarem nos centros urbanos. Em sua vestimenta carregavam o dinheiro obtido com a dança: enormes coroas e cintos com moedas, jóias, pedrarias, correntes e pingentes. Muitos símbolos identificados como vindos de Fenícia, Cartago e Babilônia. Sua dança inclui rolamentos dos músculos abdominais que começam lentos e pouco a pouco vão se acelerando e acrescentando movimentos de pés, quadris, braços e ombros.
       Quando os ocidentais chegaram ao Cairo (final do séc. IXX) em busca de safáris e tesouros ficaram extasiados com o exotismo da dança e suas dançarinas. Elas, por sua vez, trataram de adaptar a dança e as vestimentas ao gosto ocidental e trocaram a rua pelos clubes noturnos e cassinos. Algumas dançarinas foram levadas à Europa e Estados Unidos aonde puderam refinar sua dança e sua vestimenta. Em contato com o balé clássico e contemporâneo, incorporaram braços delicados, pés na meia-ponta ou em saltos, véus esvoaçantes e roupas de duas peças cheia de brilhos e franjas. Transformada assim em espetáculo, a dança do ventre pode ganhar os grandes teatros, casas de show e telas do cinema.
       Apesar das antipatias ao termo "dança do ventre" - que muitos julgam pejorativo, eu, particularmente, não o considero impróprio, pois ao meu ver, a dança é sim do ventre em todos os sentidos: fisicamente, já que se baseia na movimentação rotatória, ondulatória, vibratória e de impacto do tronco e dos quadris o que movimenta intensamente todo o abdômen, além dos próprios movimentos de abdômen; e histórica e simbolicamente já que a dança é a representação da fertilidade e do nascimento.
       Mas, afinal de contas, o que é a dança do ventre? O único e verdadeiro significado desta dança, é o poder de criação incutido nela, a fertilidade, a gestação, a maternidade. Ela é dançada pelas mulheres árabes durante o trabalho de parto - tanto pela parturiente que repete os movimentos de contração e vibração de abdômen, como pelas outras mulheres que, junto com a parteira, assistem o parto formando um círculo em volta da futura mamãe, dançando e cantando uma ladainha para purificar o ambiente e estreitar o contato com o divino. Este ritual é executado tanto nos países do Oriente Médio como nos africanos até os dias de hoje.
       Uma dança mais festiva e alegre é dançada quando uma menina menstrua, quando se sabe da gravidez de uma mulher, no batizado das crianças, enfim, tudo que for ligado à criação de uma nova vida.
       Ocasiões festivas como casamentos, colheitas, aniversários, festas religiosas, bênçãos, curas, afazeres do dia-a-dia, enfim, tudo que faz parte da vida é comemorado com música e dança por esse povo, cada região, cada tribo, com suas tradições e particularidades, mas sempre honorando à vida.
Como é a Dança do Ventre      
       A Dança do Ventre consiste em alguns movimentos de vibrações, impacto, ondulações e rotações que envolvem todo o corpo.
       O shimmy (vibração) de quadris é o movimento mais conhecido, mas, na realidade, o fundamento da dança do ventre é o controle abdominal e o isolamento das partes do corpo. Uma vez que se atinge estes dois princípios básicos, os movimentos acima citados estendem-se às outras partes do corpo: quadris, torso, ombros, braços, cabeça e pescoço isolados ou em diversas combinações.
       Uma dança do ventre tradicional inclui movimentos lateralizados e retos de pescoço, quadris e torso, ondulações de braços e mãos, tremidas suaves e rápidas de ombros, seios e quadris, movimentos circulares do torso com caídas e acentuações emendadas com ondulações de peito e abdômen. Movimentos vibratórios de extensão e contração dos músculos abdominais isolados ou combinados com os pélvicos. As figuras "círculo" (início da vida) e "oito" (infinidade da vida) são amplamente usadas em diversas dimensões, também isoladas ou em combinações.
       Não raro a bailarina sustenta o shimmy de quadris e trabalha as outras partes do corpo em uma dinâmica diferente, ou apresenta uma vibração generalizada e bem controlada de todo o corpo enquanto cabeça, mãos e quadris acompanham a dramaticidade e acentuações da música.
       Além de todos os movimentos básicos, a dança deve aflorar e ser acrescida de giros, cambrées, espirais, trabalho de chão. Apesar do nome dança do ventre, podemos chamá-la de Dança do Corpo, pois movimenta todo o corpo por dentro e por fora. As pernas e pés, são usados, entretanto apenas para a sustentação e o deslocamento da bailarina, sem ênfase em seus movimentos como se a bailarina fosse uma serpente.
Beneficios     
Físicos:
- Preparação para ao parto;
- Recuperação do tônus muscular pós -parto;
- Combate a problemas relacionados ao abdômen como: TPM, cólicas, constipação intestinal e dores renais;
- Alongamento geral do corpo sem riscos de lesões, distensões ou contraturas (obviamente, através de exercícios bem administrados);
- Tonificação da musculatura de forma gradual e "de dentro para fora";
- Fortalecimento dos órgãos localizados no abdômen, tornando -os mais eficientes e ativos;
- Postura correta e confortável;
- Equilíbrio e energização;
- Respiração correta;
- Auxílio em dietas de perda e ganho de peso;
Psicológicos/emocionais/sociais:
- Resgatar da auto -estima;
- Aprender a se sensualizar sem se vulgarizar;
- Perceber os valores ligados ao ser humano e a natureza e não à aparência;
- Despertar interesse por música, ritmos e cultura orientais;
- Proporcionar o relaxamento mental/ diversão;
- Promover a boa convivência com amigos, colegas e familiares;
- Incentivar a boa convivência com a natureza;
- Conscientizar sobre a responsabilidade social de cada mulher (como educadoras da nova geração).


Fonte: Rhamza Alli <http://www.rhamza.com.br/>

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